Geezer Butler – O Terror do Black Sabbath

Sinceramente, eu me impressiono com o fato de que um enorme contingente de pessoas que se dizem fanáticas por música, principalmente dentro do meio roqueiro, simplesmente ignoram e nunca perceberam a imensa influência de músicos que não estão sob os holofotes da mídia. Consequentemente, esses músicos foram negligenciados pelo público consumidor na solidificação sonora de determinadas bandas. Desde o criminoso menosprezo à importância de Ringo Starr e Charlie Watts para a caracterização do som dos Beatles e dos Rolling Stones, respectivamente, até a constante indiferença direcionada, por exemplo, ao baixista John Paul Jones, que foi fundamental para a solidez harmônica e melódica do Led Zeppelin.

Passando também pelo papel crucial de Izzy Stradlin na composição e no arcabouço sonoro do Guns N’ Roses, que muitos esqueceram ou nunca deram a devida importância. Além disso, há o fundamental papel das vocalizações do baterista Roger Taylor no Queen. Fred Mercury era um cantor extraordinário, mas aquelas harmonizações complexas e os agudos presentes nas canções do Queen, principalmente nos discos dos anos 70, eram muitas vezes fruto da multiplicação dos vocais de Roger Taylor no estúdio. Você pode conferir isso nitidamente em hits como Somebody to Love e até mesmo na própria Bohemian Rhapsody.

Ao contrário do que muitos roqueiros, especialmente os metaleiros que bebem cerveja quente em copos de plástico na porta dos shows, pensam, o papel do baixista no metal vai muito além de manter o ritmo e preencher espaço. Há um sem-número de baixistas que, mesmo sem uma abordagem inovadora ou uma técnica extremamente refinada, são essenciais para a sonoridade de suas bandas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *