A notícia da morte do Papa Francisco aos 88 anos varreu o planeta como uma onda fria, fazendo o mundo parar por um instante, independente da religião de cada um. É uma pena que o Papa não tenha conseguido o mesmo impacto com suas palavras e gestos em meio ao caos em que o planeta vive atualmente. Neste artigo, vou explicar por que ele, ao contrário do seu passado conservador, se tornou quase um fenômeno humano pros católicos do mundo inteiro e emanou uma luz improvável em tempos de trevas crescentes.
Jorge Mario Bergoglio, o argentino de fala mansa e olhar afiado, não foi apenas o primeiro papa latino-americano, o primeiro jesuíta e o primeiro não europeu em mais de 1200 anos. Acima de tudo, ele foi uma figura mundial que fez o possível, dentro de seu alcance, para orientar os fiéis em meio à complexa sinfonia do palco global que vivemos, repleta de dissonâncias causadas pelo aumento da violência, pela polarização e pela indiferença que ameaçam engolir cada vez mais qualquer traço de harmonia.
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