Se você é daqueles que vive acompanhando influencers – e eu espero que você não seja esse tipo de estúpido, né – que esteja lendo este artigo, você já deve ter percebido que há um verdadeiro desespero estético entre essa turma de debiloides para que eles se mostrem lindos 24 horas por dia. Caso contrário, eles serão cancelados pelos seus seguidores, o que configura claramente uma tragédia anunciada. Eu tenho essa opinião alarmante, não apenas por causa daquele caso do moço que morreu depois de fazer o tal peeling de fenol, mas porque essa tragédia toda é apenas o resultado mais visível e terrível de uma tendência cada vez mais avassaladora nos últimos tempos.
Nesse tenebroso e fedorento teatrinho de 19ª categoria exibido nas redes sociais, o que mais se vê são espetáculos patéticos de vaidade e, volto a dizer, desespero, em que metidos a influencer desempenham o papel principal numa busca frenética por likes e seguidores. Esses pseudo-artistas digitais, ávidos por manter a atenção de uma plateia virtual insaciável, se submetem a procedimentos estéticos tão perigosos quanto desnecessários, numa corrida, volto a dizer, desesperada pela perfeição superficial – algo que simplesmente não existe. Desde quando ficar com a cara deformada por botox e com lábios que aterrorizaram um bando de dragões de Komodo virou padrão de beleza?
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