Como torcedor do São Paulo, é impossível não sentir uma certa satisfação ao ver os times adversários, como o Palmeiras, enfrentando dificuldades e confusões que impactam negativamente suas atuações em campo. A recente eliminação dupla do Palmeiras, tanto na Copa do Brasil quanto na Libertadores, foi um momento particularmente doce, especialmente sabendo que o próprio Abel Ferreira contribuiu para essas derrotas ao adotar uma postura tática que parecia mais adequada a um time de divisões inferiores.
No entanto, como alguém que acompanha o futebol de maneira mais ampla, é impossível ignorar que, apesar do talento tático indiscutível de Abel Ferreira, ele tem se tornado uma figura cada vez mais controversa e problemática no cenário do futebol brasileiro. Suas condutas agressivas e posturas questionáveis dentro e fora de campo têm sido alvo constante de críticas, e com razão.
O comportamento explosivo do treinador, que inclui insultos, gritos e uma frequência alarmante de cartões amarelos – já são 56 desde que ele chegou ao Palmeiras, além de várias suspensões e expulsões – reflete uma postura que ultrapassa os limites do aceitável. Suas declarações após os jogos muitas vezes são recheadas de grosserias e absurdos, e a mais recente delas, ao responder de forma desrespeitosa a uma pergunta pertinente da repórter Aline Fanelli, exemplifica bem o nível de descontrole que ele vem demonstrando.
Esse tipo de comportamento não só mancha a reputação do próprio Abel, mas também coloca em xeque a imagem do Palmeiras, que, apesar de todo o sucesso recente, precisa lidar com as consequências das ações de seu treinador. É um caso claro de talento sendo ofuscado por atitudes que, ao invés de construir, acabam por destruir a imagem de um dos principais times do Brasil.
