É revoltante que vários perfis falsos tenham sido criados no Instagram e em outras redes sociais poucas horas após o acidente com o avião da Volpes, usando nomes e fotos de inúmeras vítimas dessa tragédia para divulgar jogos de azar e pedir que os seguidores sigam outros perfis recém-criados no TikTok. Além disso, esses golpistas chegaram ao cúmulo de utilizar fotos de familiares em luto, fingindo ser as próprias vítimas, repostando imagens antigas dessas pessoas falecidas com seus respectivos familiares.
O nível de desumanidade atingiu o fundo do poço quando criaram perfis com o nome e a foto de uma criança de 3 anos que estava com o pai na tragédia, e ambos morreram. A situação se agravou tanto que o Cyber Gaeco, unidade do Ministério Público de São Paulo responsável pela investigação de crimes em ambientes virtuais, foi acionado e está investigando profundamente a identidade desses criminosos, junto com o Cyberlab do Ministério da Justiça.
Após a remoção desses perfis do ar, graças ao contato entre a promotoria e as plataformas de internet, o foco agora é continuar o monitoramento dessas ações, identificando outros suspeitos envolvidos. A colaboração entre o Ministério Público e as plataformas digitais permite que os perfis sejam retirados do ar antes mesmo de qualquer ordem judicial, agilizando a ação para evitar que esses golpistas façam mais vítimas.
Eu sei que posso parecer repetitivo, mas não consigo esconder minha perplexidade diante de mais um caso que evidencia o que venho afirmando em várias entrevistas: a desonestidade como parte do DNA do povo brasileiro.
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