DESERT CROWS
10 – Taliesyn Rock Bar – Florianópolis
16 – Casa do Mancha – São Paulo
Logo em seu disco de estreia, o ótimo Age of Despair, esse trio de Goiânia mostrou que seu stoner rock está pronto para alçar vôos internacionais. É um som pesadíssimo, muito bem tocado e repleto de canções empolgantes, que costumam se tornar ainda mais agressivas em cima do palco. Pode apostar: os shows são imperdíveis!
NEY MATOGROSSO
10 – Vivo Rio – Rio de Janeiro
Ele apresenta mais uma vez o espetáculo Bloco na Rua, no qual mostra um repertório que fica meio longe de seus tradicionais hits, já que inclui versões de canções alheias, aliado a arranjos quase brilhantes. É ainda um show com uma abordagem mais pop, em que Ney resgata “Eu Quero é Botar Meu Bloco Na Rua”, clássico de Sergio Sampaio, “O Beco”, dos Paralamas do Sucesso e “Mulher Barriguda”, dos Secos & Molhados. É obrigatório para quem gosta de música como arte. Pena que tenha gente que não entenda isso e fique gritando “te amo”, “gostoso” e outras babaquices nos intervalos entre as canções e até mesmo durante as mesmas, o que é um porre…
GERALDO AZEVEDO
10 – Teatro Rival Petrobrás – Rio de Janeiro
Um dos grandes – e subestimados – nomes do que de melhor a música brasileira produziu a partir dos anos 70 vai se apresentar sozinho, acompanhado de seu violão, um banquinho e um microfone. Pela qualidade de seu repertório, sugiro que você não deixe de assistir a este show.
CHRIGOR & PÉRICLES
10 – Carioca Club – São Paulo
Meu Deus do céu…
DANIEL DAIBEM
10 – JazzB – São Paulo
O guitarrista se tornou razoavelmente conhecido depois de apresentar durante muito tempo um programa de jazz na Rádio Eldorado FM aqui em São Paulo, no qual procurava explicar o gênero de um modo bem fácil para o ouvinte leigo. Esta é uma boa oportunidade de conferir seus dotes como instrumentista a serviço de um repertório que, além de conter suas próprias composições, traz interessantes releituras de temas de grandes nomes do ficou conhecido como “soul jazz”, gente do porte de Grant Green, Ray Charles, Wes Montgomery e George Benson, entre outros. Ótima pedida, principalmente para quem, como o tio aqui, curte esse tipo de som.
GERSON CONRAD
10 – SESC Belenzinho – São Paulo
O ex-integrante do lendário trio Secos & Molhados vai mostrar canções de sua nova safra – que é bem irregular, diga-se de passagem –, incluindo algumas do repertório de seu disco mais recente, Lago Azul (2018), e relembrar seus tempos ao lado de Ney Matogrosso e João Ricardo. Tomara que a banda de apoio tenha deixado de comprometer algumas músicas interessantes com arranjos e abordagens equivocadas…
TAVINHO MOURA
10 – SESC 24 de Maio – São Paulo
Lançando seu mais recente trabalho, O Anjo na Varanda (2017), com canções feitas em parcerias com Fernando Brant e Ronaldo Bastos, entre outros, o ex-integrante do lendário Clube da Esquina vai mostrar um show eminentemente acústico, que certamente vai contar com músicas daquela época e outras que compôs para gente tão diferente quanto Milton Nascimento, Sérgio Reis, Almir Sater, Zizi Possi e Pena Branca & Xavantinho. Vale a pena uma espiada…
PAVILHÃO 9
10 – SESC Belenzinho – São Paulo
Agora sem máscaras e capuzes, a ótima banda de rap volta a misturar suas rimas com um peso roqueiro acima de qualquer suspeita, principalmente por conta dos bons músicos envolvidos com a banda. Um show que merece ser visto com muita atenção, principalmente por aqueles que pensam que na cena hip hop só há espaço para os Crioulos e Emicidas da vida…
ADRIANA CALCANHOTTO
10 – Concha Acústica do Teatro Castro Alves – Salvador
Seu novo show reúne um repertório formado por canções pinçadas de seus álbuns que, longe daquela “trilogia marinha” – Maritmo (1998), Maré (2008) e o mais recente, Margem (2019) -, representam aquilo que podem ser chamados de “hits” da sua carreira. Uma coisa é certa: se tiver mais solta no palco e menos preocupada com sua performance, a cantora pode proporcionar uma experiência bem interessante para a plateia.
ANGELA RO RO
10 – Blue Note – São Paulo
A cantora de voz inconfundível continua a divulgar o pavoroso álbum que lançou no ano passado, Selvagem, que evidenciou o quanto ela está cantando mal mesmo dentro do ambiente de um estúdio, em que desafinações e semitonações podem ser corrigidas – no caso dela, até certo ponto. Como ela também deve mostrar no show algumas de suas versões para canções de Cazuza, Caetano Veloso, João Donato e até Cole Porter, e prepare para uma experiência: pode acontecer de tudo, para o bem ou para o mal. Arrisque!
ANA CAÑAS
10 e 11 – SESC Pompéia – São Paulo
Outra boa representante da nova safra de cantoras brasileiras, Ana tem a seu favor um belo timbre de voz e uma postura até certo ponto ousada em termos musicais quando comparada com suas colegas contemporâneas. Isto faz com que seus shows sejam sempre surpreendentes – e no bom sentido. Vale a pena sacar o que ela vai aprontar no lançamento de seu mais recente álbum, Todxs. Outro show que vale uma espiada atenta…
FERNANDO ANITELLI
10 e 11 – Teatro J. Safra – São Paulo
O líder do Teatro Mágico anunciou uma “pausa por tempo indeterminado” nas apresentações da banda, alegando que seus integrantes “não tinham espaço ou tempo para executar tarefas que são fundamentais para um projeto artístico”. Aí ele resolve reaparece r sozinho, com um violão, apresentando músicas… Teatro Mágico! Me engana que eu gosto, né?
BARBATUQUES
10 a 12 – SESC Vila Mariana – São Paulo
Este talentoso grupo faz algo impensável: música corporal de ótima qualidade. Lançando seu quinto disco, Só +1 Pouquinho a turma ensina como criar canções de diferentes estilos usando estéticas composicionais e fonemas de maneira brilhante. É uma aula de ritmo, harmonia e melodia. Não deixe de assistir e levar seus filhos!
BLOCO DA PRETA GIL
11 – Circo Voador – Rio de Janeiro
Meu Jesus na cruz… Quem sai de casa para presenciar um troço desses? Depois o carioca reclama que a vida na cidade está uma merda…
HUMBERTO GESSINGER
11 – Unimed Hall – São Paulo
Não se engane: os shows da carreira solo do líder do extinto Engenheiros do Hawaii é exatamente uma extensão da carreira de sua ex-banda. A diferença é que ele não se cerca mais de músicos medíocres. As canções são as mesmas de sempre e mais algumas de seu mais recente disco, o fraco Não vejo a Hora, lançado no ano passado. Os shows servem apenas para quem já é “convertido” e é desaconselhado para quem nunca suportou as letras “qualquer nota” do cara.
ANDRÉ CHRISTOVAM
11 – SESC Belenzinho – São Paulo
Se alguém uma vez disse que “o samba é a tristeza que balança”, isto também vale muito para o blues e até mesmo para o rock. E também é evidente que o blues nacional tem uma grande dívida para com este excelente guitarrista e cantor, um dos primeiros a apostar em uma linguagem nacional para um gênero absurdamente identificado com a cultura americana. Ao lado de uma banda de apoio sensacional – o pianista Adriano Grineberg, o baterista Alaor Neves e o baixista Fabio Zaganin -, ele vai mostrar na íntegra um de seus mais emblemáticos álbuns, Mandinga, que completou recentemente seu 30º aniversário de lançamento. Será uma apresentação arrasadora!
JOÃO BOSCO
11 – Teatro Rival Petrobrás – Rio de Janeiro
Ao ultrapassar quatro décadas de carreira e lançar mais um disco com novas canções, Mano que Zuera, um dos maiores violonistas do planeta – não, não estou brincando, é sério – também vai dar uma repassada em seu imenso repertório de maneira técnica e brilhante. Preste atenção ao domínio que ele tem do instrumento, algo próximo do assombroso.
CHICO CÉSAR
11 e 12 – SESC 24 de Maio – São Paulo
Depois de quase uma década sem lançar um álbum com canções inéditas, o cantor e compositor paraibano reaparece com O Amor é um Ato revolucionário, um disco repleto de canções engajadas na posição política de seu autor. Hum, não sei não…
ZÉ RENATO
11 e 12 – SESC Bom Retiro – São Paulo
Integrante do grupo Boca Livre no passado, ele agora se arma de seus violões para mostrar as canções e seu mais recente disco, O Amor é um Segredo, só com canções de Paulinho da Viola. Para quem curte MPB em seu modo mais tradicional, a premissa é de uma apresentação delicada e emocionante. Se essa é a sua “praia”, se jogue nela…
IVAN LINS
12 – Bourbon Street – São Paulo
Nessa apresentação, ele se apresentará ao lado do grupo capixaba Brasilidade Geral e vai surpreender a todos com arranjos muito bons para várias canções que vinham soando extremamente chatas nos últimos anos, como “Dinorá”, “Lembra de Mim”, “Vitoriosa”, “Depois dos Temporais”, “Madalena” e “Meu País”, que ganharam um brilho impressionante por conta do trabalho do grupo em termos harmônicos. Um ótimo exemplo de revitalização sonora!
TONINHO HORTA & ORQUESTRA FANTASMA
12 – SESC Pinheiros – São Paulo
Ainda se apresentando na divulgação do álbum, Belo Horizonte, com o qual o grande guitarrista mineiro estendeu sua parceria com a banda que o acompanha há tempos, Horta tem em alguns parceiros lendários – Paulo Braga na bateria e Nivaldo Ornelas no sax – a garantia de fazer do evento um programa obrigatório!
NUNO MINDELIS
15 – Bourbon Street – São Paulo
Um dos maiores representantes do blues da América do Sul toca muito, é um compositor de mão cheia e, sabe-se lá por qual motivo, desenvolve uma carreira — internacional, inclusive – muito aquém de seu talento. Se você é daqueles que despreza a linguagem nacional para gêneros estrangeiros, sugiro comparecer a este show e dar o braço a torcer para o som deste excelente guitarrista. Ótima pedida, ainda mais porque está divulgando um bom disco novo, Live at the Suwalki Festival, gravado no referido festival polonês. Biscoito fino!
TRIBO DE JAH
16 – Cine Joia – São Paulo
É inacreditável como um grupo com mais de duas décadas de carreira e onze discos nunca tenha feito uma única canção que preste dentro da seara reggae que se propôs a abraçar. E não adianta vir com aquele papo de “pô, os caras são cegos, dá um desconto”, pois Stevie Wonder e Ray Charles mostraram que a ausência de um sentido não atrapalha a musicalidade. Até mesmo para os padrões sonoros dos discípulos de Jah o som destes caras é bem ‘perninha’. É uma apresentação indicada só para quem tem areia de praia no lugar do cérebro…
TTNG
16 – Fabrique Club – São Paulo
Vindo ao Brasil pela primeira vez, a banda britânica é representante do tal “math rock”, um rótulo que designa um monte de grupos fazendo um som chato pra cacete, propositalmente complicado e pesado para enganar os mais incautos e disfarçar a incapacidade de fazer boas canções sem apelar para o velho truque da “colcha de retalhos musical”. Se você não se importa em ouvir músicas que são completamente esquecidas assim que terminam os últimos acordes, embarque nessa, mas depois não diga que eu não avisei…
Esta coluna é um presente para quem quer ir à bons shows. Obrigado, Régis !!!!
Secos & molhados foi M I T O L Ó G I C O!!!!!!! A grande mídia não fala, mas eles foram MUITO mais revolucionários que os Mutantes.
Não vejo a hora de chegar março e abril para ler a resenha do Régis sobre o Sonata Arctica e o Amon Amarth.