“THORHAMMERFEST”
19 – Clube Piratininga – São Paulo
20 – Jokers Pub – Curitiba
Autointitulado “o maior festival de folk/pagan/viking metal da América do Sul”, esse evento deve ser uma bizarrice tão absurda quanto divertida para quem tem um senso de humor… bizarro. Como atrações musicais, vão rolar shows de grupos internacionais – Panychida, da República Tcheca, e os belgas do Acus Vacuum – ao lado de bandas brasileiras como Mythological Cold Towers, Walsung, Pagan Throne, Fallen Idol, Krull e Dark Inquisition. Se você acha que foi algum guerreiro nórdico em encarnações anteriores, taí um evento para animar a sua existência…
“ABRIL PRO ROCK”
19 e 20 – Baile Perfumado – Recife
Dando continuidade à programação iniciada no último dia 12, agora o evento vai contar com algumas outras atrações que vão interessar a quem tem um gosto eclético. Se eu estivesse lá, não perderia os shows do Ratos de Porão, Nuclear Assault e da banda brasileira Desalmado. O resto eu assistiria com um misto de curiosidade e tédio. Consulte a escalação e veja o que lhe agrada…
PUSSY RIOT
20 – Fabrique Club – São Paulo
A banda ficou famosa quando desafiou as autoridades russas fazendo um ‘show’ que durou exatos 48 segundos em uma catedral em Moscou, já que foram imediatamente presas. Condenadas a dois anos de prisão, acabaram chamando a atenção da mídia mundial por terem peito (opa!) de desafiar o governo de Vladimir Putin. Agora elas aparecem aqui no Brasil em mais um daqueles “eventos lacradores” para mostrar um som pop meio eletrônico bem medíocre em meio a bandas nacionais igualmente “lacradoras”. Música aqui é só um detalhe menor em meio ao “discurso”…
MELIM
20 – Km de Vantagens Hall – Rio de Janeiro
Meu Deus do céu! Era só o que faltava: uma “versão Jack Johnson” do duo Anavitória!!! Jesus Cristo, que troço ruim do caralho! As canções são tão bobas e inofensivas que fazem a Mallu Magalhães soar como o Siouxsie & The Banshees no auge do pós-punk. Meu Jesus Cristo, quem criou esse troço?
ZEZÉ MOTTA
20 – SESC Belenzinho – São Paulo
Ela lançou um disco recentemente, O Samba Mandou Me Chamar, e vai mostrar algumas canções pinçadas do repertório dele, além de músicas de seu passado musical. Como continua uma boa cantora, é bem provável que você assista a uma apresentação honesta e competente.
AUTORAMAS
20 – SESC Pompéia – São Paulo
Uma das melhores bandas de rock do Brasil merece – e muito! – a sua atenção. A mistura de surf music, punk, garage pop e new wave é divertidíssima e o grupo está lançando mais um álbum bacana, Libido, além de comemorar duas décadas de existência se apresentando por aqui e no exterior. Como o líder/vocalista/guitarrista Gabriel Thomaz (ex-Little Quail), a guitarrista/vocalista Érika (ex-Penélope) e seus comparsas sempre mandam muito bem em cima do palco, não tem erro: é show imperdível!
CHICO CÉSAR
20 – SESC Belenzinho – São Paulo
Depois de quase uma década sem lançar um álbum com canções inéditas, o cantor e compositor paraibano reapareceu com Estado de Poesia, um disco que não trouxe qualquer novidade na fórmula musical que ele sempre utilizou, misturando as sonoridades e ritmos do nordeste com o samba e a MPB tradicional. Agora, para esse show, ele montou um repertório autoral e com canções de outros artistas para denunciar o clima de fascismo que ronda o Brasil inteiro. Vale uma espiada se você for curioso e gostar dessa “praia sônica”.
PINK AND THE BRAIN
20 – Rock & Ribs Lounge – Osasco (SP)
Esse será um show em tributo ao Pink Floyd, com arranjos idênticos aos originais e até mesmo com os mesmos timbres dos instrumentos. E com jogo de luzes a laser e efeitos bem psicodélicos! Se você é fissurado pelo ex-grupo do Roger Waters, aposto que terá uma noite bem divertida…
JARDS MACALÉ
20 e 21 – Centro Cultural São Paulo – São Paulo
Um dos mais irrequietos compositores da História da música brasileira, ele vai apresentar grandes canções de sua carreira e algumas de seu mais recente CD, Besta Fera,. Só que isto não significa que o velho Jards vai deixar de mexer com a cabeça e os sentidos da plateia. E isso é bem legal…
TONINHO HORTA & ORQUESTRA FANTASMA
20 e 21 – SESC 24 de Maio – São Paulo
Os shows continuam a abordar o lançamento do álbum duplo/songbook 108 Partituras“, com o qual o grande guitarrista mineiro vem comemorando seus 35 anos de carreira. O repertório é ótimo e a banda que o acompanha – com destaques para os lendários Paulo Braga na bateria e Nivaldo Ornelas no sax – transforma a apresentação em um evento obrigatório!
E A TERRA NUNCA ME PARECEU TÃO DISTANTE
21 – SESC Belenzinho – São Paulo
Outra banda que faz um som bem interessante dentro da nova cena do rock nacional, o quarteto usa de experimentalismos sônicos e de timbres inusitados para fazer um som instrumental ‘viajandão’ que jamais resvala para a chatice. É umas melhores guitar bands em atividade nos dias de hoje no Brasil. Não deixe de assistir!
CRISTOVÃO BASTOS
22 – SESC Consolação – São Paulo
Compositor, pianista e arranjador de primeira grandeza, ele foi muito mais que parceiro de gente graúda da MPB – Chico Buarque, Edu Lobo, Fafá de Belém, Gal Costa e Paulinho da Viola, entre tantos outros -, pois também foi o pianista e um dos fundadores da lendária Banda Black Rio. Por conta de tudo isso, recomendo que você saia de casa para prestigiá-lo nessa apresentação GRATUITA em que vai abordar sua obra por um viés totalmente instrumental. Só a presença do lendário baixista Jamil Joanes na banda já vale o ingresso. Não perca e ainda leve toda a família!
MAFALDA MINOZZI
23 – Bourbon Street – São Paulo
A espevitada cantora italiana vai mostrar muito mais que seu tradicional bom humor em cima do palco. Em seu novo show, Retratos em Bossa & Jazz, ela mostra que está muito acima da média ao abordar canções de grandes nomes da música brasileira e internacional, como Chico Buarque, Tom Jobim, Ennio Morricone e Bruno Martino, colocando em cada uma delas uma surpreendente abordagem jazzística. Vale a pena dar uma espiada…
DUDU NOBRE
24 – SESC Bom Retiro – São Paulo
Você pode tecer várias críticas a ele, mas jamais vai poder acusá-lo de se render ao nefasto universo do pagode xexelento que insiste em vestir um lençol branco e sair por aí arrastando correntes como um fantasma desdentado. Pelo contrário, Dudu nunca se cansa de reafirmar sua posição como sambista de verdade. E ele volta a fazer isso com esse espetáculo, no qual celebra uma carreira digna que já dura duas décadas. Se você gosta deste gênero de verdade, pode ir na boa…
CÉU
25 – Circo Voador – Rio de Janeiro
Boa cantora em disco e um pouco irregular ao vivo, ela se tornou um dos mais celebrados nomes da nova safra de cantoras brasileiras. Neste show ela vai mostrar canções de seus bons álbuns – incluindo o mais recente, Tropix -, o que é uma excelente pedida para quem não acredita que a música nacional vai além das “Anittas da vida”. Na abertura vai rolar uma apresentação de um grupo francês chamado General Elektriks, do qual nunca ouvi falar.
LINIKER & OS CARAMELLOWS
25 – Opinião – Porto Alegre
Um dos principais nomes da “lacration music” dos últimos tempos, ele e sua banda padecem do mesmo problema de seus colegas de ‘estilo’: canções fraquíssimas são apenas pretextos para um posicionamento mais contundente perante uma sociedade cada vez mais reacionária e conservadora. E quando a música é ruim, o discurso perde muito da força…
NUCLEAR ASSAULT
25 – SESC Belenzinho – São Paulo
Depois de voltar à ativa em 2002, a banda liderada pelo extraordinário baixista Dan Lilker reaparece mais uma vez no Brasil e é garantia de porrada nas orelhas. O peso instrumental continua o mesmo e o repertório… Só clássicos do passado, como “Game Over”, “Critical Mass”, “Brainwashed” e mais um monte de artilharia pesada. É daqueles shows para se esbaldar até morrer.
Regis, eu mesmo não conhecia a maior parte das bandas que tocaram no Thorhammerfest
– que de fato é um evento com uma pegada peculiar, digamos assim, e com algumas tranqueiras subindo ao palco -, mas você deixou de mencionar a principal atração, que dá de 100 a 0 em todas as citadas: Primordial. Os caras têm uma discografia absurdamente consistente e fazem um som muito acima da média do gênero, além de serem originais, o que conta demais em um cenário com tantos imitadores de quinta. Estive no show e só fiquei ainda mais impressionado com o trabalho do grupo. Achei que valia esse registro. Um abraço!
Então, “a” Liniker se identifica como uma mulher trans, logo quando vc a chama no masculino está desrespeitando a identidade de gênero dela. Uma coisa é criticar a música, outra coisa é ser transfóbico.
Eu acho o Liniker chato pra caramba e para chegar a ser “mulher” precisa de uma reorganização genética.