Nos últimos dias, o estado de São Paulo tem enfrentado uma escalada alarmante de queimadas e incêndios que têm devastado tanto áreas de cerrado quanto regiões de Mata Atlântica. Cidades como Pitangueiras e Altinópolis têm sido duramente atingidas, registrando mais de 100 e 90 focos de incêndio, respectivamente. E o que torna essa situação ainda mais preocupante é o fato de que, em várias partes do estado, mais de um foco de incêndio por minuto tem sido registrado.
Esse aumento drástico no número de incêndios tem levado o governo federal a solicitar inquéritos à Polícia Federal para investigar as causas dessas queimadas, que em sua maioria são provocadas intencionalmente. Apesar das condições climáticas adversas – como a combinação de uma onda de calor extremo, seca severa, baixa umidade do ar e ventos fortes – estarem contribuindo para a disseminação dos incêndios, há evidências claras de que muitos desses focos foram iniciados de forma criminosa.
Especialistas já descartaram a possibilidade de que esses incêndios sejam naturais, como os provocados por descargas elétricas. A gravidade da situação é sublinhada pelo fato de que várias pessoas já foram presas em flagrante em cidades como São José do Rio Preto, Batatais, Porto Ferreira, e até mesmo em Goiás, todas suspeitas de terem provocado incêndios deliberadamente.
O impacto dessas queimadas é devastador: bilhões de reais em prejuízos, milhares de moradores forçados a abandonar suas casas, animais mortos, escolas fechadas, e eventos cancelados. Além disso, a situação é agravada por tempestades de poeira que têm assolado as regiões afetadas.
Há também uma crescente preocupação de que esses incêndios não sejam incidentes isolados, mas sim parte de uma ação coordenada. O surgimento simultâneo de inúmeros focos de incêndio em São Paulo, Mato Grosso, Goiás e na Amazônia sugere uma ligação entre esses eventos que merece uma investigação rigorosa. As autoridades precisam agir com firmeza para identificar e punir os responsáveis por essa tragédia ambiental, que tem consequências devastadoras para o meio ambiente e para a população.
